O Livro Eu sou Proibida
da Autora Anouk Markovits publicado pela editora companhia das
letras, revelou pra mim um mundo totalmente novo com uma visão e
realidade diferente do que eu vivo e aprendi. Com uma visão critica
sobre a própria religião e algumas questões a serem pensadas, uma
das personagens principais do livro nos deixa curiosos e intrigados
quanto ás suas escolhas ao longo do livro. Porque será?
Se passando em uma
época dolorosa na história ( Holocausto e Guerra) em um primeiro
momento ( o livro é dividido em cinco partes) começa narrando a
infância , juventude e após , a vida como pai e chefe de família
de Zalman. Concomitantemente , o livro relata a história de Mila
Heller que perde seus pais na guerra e que é resgatada por um
menininho chamado Josef que também tinha perdido sua família e que
anos mais tarde vem ser seu esposo.
Mila é posteriormente
adotada pela família de Zalman e cresce na presença de Atara, a
menina dos questionamentos. Suas decisões causam impacto na família
, gerando grandes tristezas. Ao longo do livro o leitor entende
porque .
O livro fala sobre uma
família judia e não só da família em si, mas de toda a cultura,
doutrina e exigências. A história começa na data de 1939 na
Transilvânia e avança conforme os encontros das pessoas que formam
a base do livro se encontram. Tem relatos de 1947 a 2012, onde se
encerra a história. O fato deles serem judeus , super tradicionais vivendo em uma sociedade católica, cristã ou sem religião ,
deixava tudo mais difícil , principalmente para as meninas onde tudo
era proibido. A confusão na cabeça das adolescentes era evidente e
complexa e o desejo de descobrir o mundo era grande . O pai delas
dizia que não poderiam ter relacionamento algum com os ''infiés'' e
nem entrar em nenhum lugar que fosse proibido. Na cidade, no entanto,
tudo pra eles era proibido.
Eu ficava me
perguntando quando chegaria a parte em que eu descobriria porque do
titulo! Mas beeem pra frente , depois de muita história confusa que
fui a descobrir. Confesso que fiquei espantada com o decorrer das
decisões de Mila , até porque eu sempre pensei que seria Atara (
''a rebelde'') que seria o pivor da proibição. Se bem que ela
também era proibida diante da família. Complicado.
Só lendo pra ver se
você , caro leitor, consegue compreender , pois pra mim foi super
difícil.
Sinopse:
Eu sou Proibida , e
assim são meus filhos e os filhos de meus filhos , proibidos por dez
gerações , homens ou mulheres.
Toda noite , desde que
descobri , tenho pesquisado sobre emissão de sêmen, sobre como os
livros deles dizem que será, sobre como nossos livros dizem que não
deve ser.
O pergaminho da Lei foi
um dia pele, a linha foi tendão, a pena um dia voou...
Diga -me , rolo e fogo,
como se aprende a já estar escrito.
Diga -me , rolo de
cinzas, como se começa de novo.
Critica:
Esse livro é , em uma
palavra, Confuso. Narrado em terceira pessoa, entendi que o livro é
uma história de escolhas , mas também uma alta critica. Algumas
vezes o amor fala mais alto, o desejo de liberdade, mas o carro chefe
do livro é a religião. Parece aqueles livros de alta analise , ao
mesmo tempo a favor , ao mesmo tempo contra.
A escrita não é
fácil, não achei o livro de fácil entendimento. As vezes o achei
super difícil , confuso e estranho. O livro começa com um sonho
proibido de Zalman , que se 'pune' por ter tido um sonho e depois
descobrimos que tudo é proibido. Tá ai, o titulo foi bem empregado,
no final das contas.
Algumas vezes na leitura
você nem entende mais o que a autora quis dizer , achei uma coisa
embolada na outra, Achei outras partes difíceis mesmo pela questão
da religião , Até ai tudo bem, não sou judia então certamente
teria dificuldade, mas não foi só isso.
O livro é uma vida
inteira de personagens tristes com seus erros e acertos , melancólico
, por vezes chato de difícil leitura. É como se você visse a vida
de alguém em algumas páginas e descobrisse o quanto foram infelizes
, gerando um grande amargor no leitor. O final não cooperou e me
sinto estranha até agora.
Nota de 0 a 10: 4
Titulo: Eu sou Proibida
Editora: Companhia das
letras
Ano: 2015